4 de fevereiro de 2008

Noi-dia

A noite beija o mar
E pinta o sol
De um negro suave e terrível.
Terrivelmente belo:o encontro do cansado dia
Com a preguiçosa noite.
E eles brincam, dançam e nem nos damos conta
Que riem e fazem graça com a gente...

Abraçados, enlaçados,
Juntos como que irmãos, às vezes confundimos um com o outro
e trocamos um pelo outro,
Noite ou dia,
Não sabemos o sentido ou o sem-sentido
dessa estranha relação, que sonhamos separados, porém unidos...

Tentamos imitar tamanha "deslumbrância"
Acende-se a lâmpada ao querer "dia"
Fecha-se a cortina ao querer "noite"
Não nos damos conta do quão tolos somos
Nesse eterno jogo de fantasias
Em pensar, meio que sem pensar, que
um dia poderemos, ainda que "falsamente",
tomar como nosso o que nunca pertenceu a ninguém,
Nem a eles mesmos...