8 de dezembro de 2007

Cada vez que me decepciono com alguém, é um pedacinho de mim que vai embora... Sinto raiva, nem tanto pela decepção em si, mas por me levarem algo que me pertencia, muito valioso, que eu confiara a alguém, mas que na decepção se apossou do que antes era meu.
Muito valioso porque ainda que eu nomeie como algo uno, não o é: é um misto de esperança, amor, confiança e amizade que estão ali. E sinto raiva por não saber tomar de volta, por não impedir que me levem essa parte...
Se soubessem como é doloroso reconstruir aquele pedaço, talvez não haveria tantas decepções por espaços vazios. Mas a vida é assim: dos que perdem, dos que roubam. Só não existe um guia mágico pra saber quem é quem. Você sabe?

5 de dezembro de 2007

Concluo afinal que toda poesia é triste...
Ainda que disfarce, ainda que sorria, a poesia é triste...
Tristes somos nós, poetas.
Como não haveríamos de fazer poesias tristes? Sendo nós, donos das mãos que escrevem todos esses sentimentos chorosos?
Não temo ao tolo que se engana, achando negativos no fato de Ela ser triste. Pois não os há!
Há beleza em tudo: inclusive na tristeza.
E a poesia precisa dela, essa pitada de melancolia eterna e viciante.
A poesia alegre é triste, assim como a irônica, a cômica, a romântica, a concreta, a abstrata...
Porque elas vêm de nós: poetas!... e tristes...