17 de dezembro de 2006

Complicado

Gostar de gostar de quem gosta de gostar é tão simples como não gostar de quem não gosta de gostar.
Gostar de quem não gosta de gostar é um pouco mais complicado que gostar de quem gosta de gostar.
Não gostar de quem gosta de gostar já é o esperado para os que não gostam de gostar e estranho demais para os que gostam de gostar.
Gostar... Palavrinha gotosa de pronunciar....
Não-gostar pesa, carrega a fala, não é boa de pronunciar.
Teria o não gostar nascido do gostar ao extremo? Que de tanto gostar já não tinha para onde ir senão para o não gostar mesmo?
Não deve ser tão fácil gostar. Não sempre...
Ou é fácil gostar? Sempre?
Sempre é fácil gostar. Difícil é não gostar. Muito difícil? Quão difícil?
Quem não gosta de gostar? Há quem não goste?
Há. Há. Sempre há.
Gostar do que? Não gostar de quem?
De tudo oras... De todos, Santo Deus!

12 de dezembro de 2006

O que fazer quando se está sentindo uma puta preguiça de viver?
É;... Preguiça mesmo sabe?
Acordar – banheiro – cozinha – ônibus – trabalho - ônibus – escola - ônibus – casa – televisão – cozinha - banheiro – cama -dormir – Acordar...
A rotina às vezes é tolerável, porque nos animamos pensando: “Não!!! Hoje não tem nada de novo, mas amanhã ou depois com certeza surge uma novidade.”
É compreensível ser assim, não digo que é ruim, mas também não digo que é satisfatório.
Viver cansa... Não sempre, mas cansa.
Às vezes temos vontades, impulsos repentinos de expressar emoções: gritar, chorar escandalosamente para que todos percebam nossa dor ou chorar escondidinho para que ninguém perceba nossa fraqueza, rir aos soluços, cantar sem ritmo, andar na chuva, ser criança... Mas somos impedidos, não sei se é certo dizer que é pela sociedade, talvez seja, mas acho que é mais por nossa culpa mesmo.
“Por minha culpa, minha tão grande culpa....”
Junte tudo isso a qualquer álbum da Legião e já sabe no que dá:
Preguiça + Vida Rotineira + Legião = Deprê
Ta bom, ta bom! Esqueça a preguiça e nada de Legião.
Ninguém entende mesmo; no final vai ter sido tudo em vão. Será?
Ainda bem que isso passa. Às vezes até demora, é verdade, mas sempre passa.
Tem dias em que acordamos felizes sem saber o porquê, achando a vida toda graciosa.
Mas enquanto isso não acontece é tão ruim. Hum! Tão chato!...

“O que temos é o que nos resta e estamos querendo demais....”

6 de dezembro de 2006

Regras? Que regras?

Estão pensando que serei como vocês?
Realmente acham que um dia me encaixarei em suas regras e padrões?
Ah! Que nada!
Eu me pertenço e a mais ninguém.
Viver é minha vocação. Mas viver da maneira que bem me interessa!
Minhas regras eu mesma faço. Acuso-me, julgo e condeno se eu as violar. Não exijo que ninguém, a não ser eu mesma, as cumpram, porque são minhas e de mais ninguém. Aliás, nem são regras, são conceitos e limites estabelecidos em meu interior que estabeleço para manter o controle sobre meus atos e sobre mim mesma. Mas a palavra regra não é a que traduz com exatidão essa maneira pessoal de agir de cada um.
Pro inferno com as regras...
Quem as criou? Desde que não prejudiquemos ao próximo não vejo porque as seguir. Por que segui-las?
A rebeldia não me domina, muito menos a revolta, mas não me digam como fazer. Não me venham “ensinar” a viver.
Quero aprender sozinha.
Se errar? Mas não é errando que se aprende? Não é assim que dizem?
Ou agora dirão também que as regras possuem exceções?
Ah! Já disse. Pro inferno com as regras...

1 de dezembro de 2006

Dos amigos?

Ando sentindo a falta de uns amigos e saudade é assim mesmo, há dias em que vem mais forte, em outros já vem como um sentimentozinho gostoso de lembrança especial e nada mais que isso...Dos amigos loucos, aquela saudade das bagunças, daquele clima de juventude eterna e irresponsável, onde nossa única preocupação era saber quem vai conseguir beber mais vinho em menos tempo. Dos amigos do peito, uma saudade dos momentos de "conversas eternas", que iam de Adão e Eva ao Apocalipse, conversas sempre tão cheias de nada e ao mesmo tempo tudo, quase impossível de explicar... Dos amigos bobos que te faziam rir só de olhar pra eles. Dos profissionais, que te davam conselhos, que (sinceramente?) na hora você sentia vontade de mandá-los à esquina, mas que você uma hora percebe que vão lhe valer para o resto da vida, a não ser que você não precise trabalhar nunca, coisa meio impossível de imaginar nesse mundinho em que vivemos... Dos amigos descartáves (?), que te faziam companhias relâmpago, mas que você nunca se esquece dos raros momentos em que passou com aquela pessoa que você nunca mais viu na vida.E tantos outros que se foram, pois alguns sempre se vão... E dos que ficaram também, aquela nostalgia de mudança constante e alegria de algo novo dentro do que já existe...Complicado? Nada! Falar de amigos é isso mesmo: chuva de palavras e confusão de idéias, pois são tantos e tão diferentes! E tão especiais! É! Essa saudade é boa e nada melancólica...É de algo que passou, que foi bom, que não precisa voltar pra ser melhor, que virão outras, outros amigos, juntamente com os atuais. E taí a graça!...