16 de novembro de 2009

E inicia-se uma nova etapa em minha vida.
Sinto na ponta dos pés, ou melhor, na ponta dos dedos gelados dos meus pés, que reclamam o frio do ar condicionado, que parece que ventila pro chão, mas não, sempre sinto frio nos pés, os pés são os verdadeiros catalisadores de minha temperatura corporal, sempre.
Mas não é isso! Sinto o frio, claro, mas sinto além, na ponta dos dedos dos pés, a ansiedade de tudo isso, de todo esse Novo, tão Novo, que atiça mais que curiosidade de frase de biscoitinho da sorte. Não tem graça, mas a gente come pra ler a frase. Sabe?...
É essa vontade de ler a frase, que tem me deixado ansiosa enquanto como o biscoito e, acho que é por isso, que fica sem graça...
Não é sempre que percebemos as mudanças em nossa vida, de repente você está deitada no sofá e (...), ta mudada! Pronto, você percebeu ali e agora, mas quando foi, quando começou ou terminou?...Enfim, não interessa, mudou e ponto.
Mas têm as mudanças planejadas, que causam um misto de “nada” e “sei lá o quê”, como: um curso novo, emprego novo, namoro, noivado, viagens, casamento, ca-sa-men-to...
Hoje quero o novo velho pedaço daquilo que teria jogado fora.
O novo, que pra mim, era velho antes.
Antes, antes, antes de vê-lo com outros olhos.
Com meus olhos velhos e cansados... De seis anos atrás!
Talvez mais...
Teria jogado fora, teria jogado.
Mas não joguei.
Mas não joguei tudo isso, tudo isso: porque sou libriana!
Libriana! Libriana! Libriana!
Que nada joga fora, que não joga fora nada,
Que nada, nada, nada...