21 de março de 2011

A quem interessar possa

Não admito julgamentos inconsequentes,
nem opiniões infundadas advindas dos ciúmes.
Não admito que me tomem o leme do barco,
do meu barco!

Não gosto da fraqueza da insegurança,
do apego sufocante.
Tenho asco da posse arrebatada,
da exigência absoluta.

Tenho meu eu guardado só para mim.
Não divido com os outros.
NÃO D-I-V-I-D-O!

O eu é meu, logo, mando, desmando e desvio, quando julgo ser assim ou assado.

Amo os meus,
amo mesmo!
Mas do meu jeito,
com meu modo torto de amar.

Amo por vezes, com ímpetos de idolatria
ou com a alegria de um sabiá ou ainda,
com a obscuridade de um vilão ressentido.

Mudo!

Sou essa que observas e depois, outra.
E ainda outra e mais outra.
Dou-me o direito!
De mudar, de mudar, de mudar, de mudar...

A essência, essa sim permanece.
O amor verdadeiro, de cá não sai.
Confia!
Do contrário, não me conheces de fato.

Nem quando sou essa uma
ou a outra
ou a outra
ou a outra...