9 de maio de 2007

Jardim II

Estou sentanda num jardim imaginário. Um jardim japonês. E tem o garfo, a areia e a terapia...
Faço desenhos, longos, desconexos. Examino. Apago. Acho graça do meu ócio. Surge uma gueixa, ela pega em minha mão, alisa meus cabelos. Fico tímida. Ela é alta e pálida. Há tambem um sorriso, mas é falso, desenhado com batom. O jardim cresce. E nós decrescemos. Brincamos juntas formulando desenhos entrecortados no pó. Caímos exaustas e nos vemos crianças. Ela fala da vida que viverá e eu da minha. Agradeço-lhe por voltar à infância. Ela ri com desdém, diz que digo o mesmo todos os anos... Não entendo! Ela diz: feliz aniversário!

Um comentário:

Lis Motta disse...

Que irado!!! Jogou bem!

Bjo.

Lis Motta.