6 de março de 2010

Essa tal de essência que às vezes não presta pra nada...
E não temo dizer que raramente me orgulho dessa percepção idiota para coisas que no final, me farão mal.
Você, alma masculina, talvez não entenda do que falo. Não entenda esse talento nato, barato, para me sensibilizar com coisas banais. Banais, sim! Mas que só se mostram assim no final do gole, amargo e ferino.
E eu que “me penso” tão sábia... Tão conhecedora dos "sim’s" e "não’s", dos amores e desamores da vida. Porque, como mulher, me vem sempre essa essência chata, incômoda, de me fazer crer que tudo (gestos, trejeitos e controvérsias) é dotado de poesia e delicadeza.
Que nada!
Um olhar pode ser simplesmente um olhar! E nada mais!
Pra que poetizar? Colocar reticências?...Encher de glamour inventado um ato comum?
E não me venham românticos de plantão, com seus caderninhos cor de rosa, com seus “ais” e ressalvas.
Hoje, quero a realidade mais que qualquer coisa.
Quero o gosto masculino de enxergar as coisas pelos olhos e só.
O coração que se apague e deixe de enxergar por umas horas, que seja.
Porque, às vezes, sentir demais cansa...

Um comentário:

Priscila Milanez disse...

Adorei.."Um olhar pode ser simplesmente um olhar!" Pois é... Nem acho q essa coisa de poetizar demais seja tipicamente feminino, acho que tem homens e poetizam de mais e mulheres q poetizam de menos, é uma questão de "olhar" mesmo, não de gênero. Mas concordo com vc que sentir demais pode cansar!! Gostei do texto. beijos