Tenho pressa de chegar do lado de lá do texto.
Sei que, minhas pernas - curtas e pesadas -
Percorrem a página devagar, devagarinho...
Escreve torto, meu pé pequeno,
na linha frágil da página
que ainda não foi virada.
Com o pé, pois não há mãos suficientemente fortes
Para cravar em letras "xilografadas"
o que ainda não foi dito
Por mim...
Quanto mais confuso, o negro da página,
Mais perto me sinto da claridade dos pensamentos.
Os meus sim.
Os seus não!
Porque escrever com o pé,
Nas páginas de um texto inventado,
Não faz sentido!
As palavras simplesmente saem.
Vomito-as com ânsia e pressa!
Não falo pra ti,
Não falo pra ninguém,
o que tudo isso quer dizer...
Somente crio enigmas!
3 de setembro de 2010
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