30 de novembro de 2006

Só um Parque

Tá certo que clima "musical dos anos 30" parece funcionar só em "musical dos anos 30", mas que chegar perto dessa sensação dá uma emoçãozinha à mais, isso é inegável. Não?
Nos dias atuais (e que dias!), parece não haver tempo (e saco) para coisas que sabemos que são bacanas ou imaginamos ser...
Parque Pedra da Cebola...às vezes é bom andar de namoro com a natureza e essas histórias de ar puro e "coisa e tal"! Dar umas (ou várias) voltas por esse parque escondidinho ali em Vitória foi uma das coisas realmente boas e prazerosas que fiz nessa semana.
Clima de romance pra quem tem alguém, de tranqüilidade para os chegados à programas à lá "A Grande Família", de "uhul!" pra quem é criança e de paz pra quem só quer ficar só...Um lugar que, ao mesmo tempo que é um, é vários dentro dele mesmo...
Tem clima de tudo e clima pra todos.Vale à pena a visita nos dias em que o tédio aparece; a monotonia ou a rotina, tomam conta de nosso tão prezado e escorregadio sossego...
Taí a dica, o convite, o palpite...Eu gostei!

27 de novembro de 2006

Há momentos em que decisões precisam ser tomadas mas, de uma maneira ou de outra, sentimos medo de tomá-las. Decisões difíceis necessitam de força e serenidade para virem na hora certa.
Quando é essa hora?
Mais difícil é saber se aquela decisão trará benefícios ou não para a questão em foco.
Dá tanto medo de dizer um não, quando o momento é do sim;
Um pare, ao invés de vamos continuar. Adeus, quando o melhor é fique!
Daí vem de novo...Dúvidas! Como saber?
Há outra forma além da tentativa?
O pior é que nem sempre há uma segunda chance, nem sempre existe o "Efeito Borboleta" que nos dá a opção de ir por outro caminho.
Só resta torcer para que o "não", o "pare" ou o "adeus", sejam as decisões coerentes para o momento, pois há momentos em que não nos resta escolha, ainda que estas não sejam as que realmente gostaríamos de ter feito. Difícil explicar... Mas é tão real! É tão real aquele momento, ali, na sua frente, pedindo uma atitude e, às vezes... A vontade de tentar "salvar" o que existe, de tentar recuperar o que há de bom, nos faz tomar o caminho mais longo e, vez ou outra, mais doloroso.
Penso hoje, como pensei sempre, que o que queremos é acertar e é nessa tentativa constante que erramos, acertamos, damos nossos tropeços, rimos e choramos infinitas vezes...
Estou tentando! Estamos todos tentando e...torcendo. Não para ter tomado a decisão mais certa, mas simplesmente para alcançar ao máximo possível aquilo em que acreditávamos quando dissemos: o "não", o "pare" ou o "adeus"...

25 de novembro de 2006

O Fabuloso!!!

Hoje descobri que gosto dos prazeres Amelie Poulain e, isso sou eu ou um pouco de mim... Sabe? Cheiro de terra molhada, raspa de brigadeiro, domingo chuvoso, alguém pra gostar, amigos pra amar, coca gelada, cerveja gelada, chocolate-quente, caixa de bombom, frio na barriga, bochecha de criança, risada de criança, roer unha, comer coxinha de boteco, jogar papo pro ar, chorar à toa e, rir à toa, sentir saudade e matá-la, escrever, cozinhar, brincar, dançar, dormir, sonhar, caminhar, ficar de preguiça, ler qualquer coisa, ver um filme, dormir de conchinha, cantar, comer no chão, andar descalça, chuveiro quente, beijo na boca, abraço apertado, (arroz, feijão, bife e batata frita), ser eu mesma e não ter vergonha, estar perto de quem gosto...Ah! E infinitos mais que na maioria passam despercepidos. Romântico demais? Sei lá, simplesmente bom!

22 de novembro de 2006

Sem inspiração, competência ou saco, qualquer um desses, mas tem Fernando...

Álvaro de Campos
Lisbon Revisited
(l923)

NÃO: Não quero nada. Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas! Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica! Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) — Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. Assim, como sou, tenham paciência! Vão para o diabo sem mim, Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância — Eterna verdade vazia e perfeita! Ó macio Tejo ancestral e mudo, Pequena verdade onde o céu se reflete! Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

21 de novembro de 2006

Mais do mesmo *

Natal! Época de dar e receber presentes, agrados, elogios e tudo aquilo que nunca muda desde os tempos do menino na manjedoura!
Agora, claro, tudo mais moderno, o capitalismo descarado, assumido, sem-vergonha mesmo. Liberdade! Liberdade de enganação?! Liberdade de manipulação?! Liberdade de indusão?!
Pobres de nós, vítimas "felizes da vida" desse nosso sistema...
As vitrines das lojas "vendem" felicidade!
Como me disse ironicamente um amigo hoje: Moqueca de Siri ao molho (qualquer coisa) - R$ 94,00; mas a felicidade da sua namorada, não tem preço!!!
Saudade daqueles tempos que não vivi, mas que pareciam melhores, mais simples.
Claro! Mera ilusão! Dos tempos que sinto tanta falta, meus pais reclamaram como eu e dos que eles sentiam falta meus avós reclamaram o dobro. Preciso colocar etc?
Então... o que fazer? Ir às compras?
"Yes, baby!"
Afinal, será só deles a hipocrisia???

Um triste...

Todas as manhãs ele toma seu café religiosamente às seis, mas não se dá mais ao trabalho de imaginar como será seu dia.
Sempre aquela mesma sensação de ser um corpo estranho no ambiente em que vive. Na verdade, nada disso importa mais: dançar conforme a música ou se destoar de todo o contexto. Ser mais um ou não ser ninguém ou ambos, indiferente...
E é isso...
A noite vem acompanhada de alívio e nostalgia.
Ele não quer pensar. Mas e as lembranças daquilo tudo que não aconteceu??? "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"? É esse o incomodo? Saudade daquilo que não existiu?
Paciência amigo! Daí nem as lágrimas - artifício da alma que não surte mais efeito pra ti - aliviam esse desconsolo.
O peito começa a ficar apertado, as lembranças continuam se formando, assumindo um desenho cada vez mais nitído e inquietante, os olhos vão ficando pesados.
Uma leve dormência no corpo, um pequeno torpor.
Ele só pede uma noite sem sonhos...

19 de novembro de 2006

Amanhã

O que eu iria fazer amanhã mesmo?
Sei que não é algo que eu deveria ter feito hoje.
Deixei pra amanhã, como sempre...
Hoje não é um bom dia. Nunca é! Mas amanhã sim, amanhã seria ideal.
Que droga de memória! Era algo tão urgente! Muito urgente, mas que não poderia ter sido feito hoje.
Hoje está muito em cima, perto demais.
Dormir, clarear a mente, tentar recordar...
O que iria fazer amanhã mesmo?
Escuridão... Novo dia?
Ah, sim! Agora me lembro o que eu iria fazer. Mas não hoje...
Não, hoje não foi o planejado.
Amanhã com certeza, tudo será feito, amanhã...
E...qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...

O motivo...

É preciso explicação para se fazer algo que gosta?
Extravasar, relaxar, mostrar, compartilhar...
Se escrevo é porque gosto e porque não dividir isso?
Desculpas antencipadas pelos erros de português e quaisquer outros que venham a aparecer. Minha intenção aqui não é o perfeccionismo, nem nenhum "ismo" que possa existir.
Ah, sim! Até a timidez passar (eu, tímida? pois é...), pode ser que apareçam por aqui textos desconexos, desses nada a ver, como esse parágrafo, por exemplo e, essa vírgulas infinitas. Mas quem sabe com o tempo, se durar, eu talvez aprenda a somente escrever coisas meramente inteligíveis. E o que é inteligível se tratando de emoções? Enfim...
Saudações sempre à quem visita!
Se me predispus à divulgar o que escrevo, assim também devo aceitar receber críticas, sugestões e o que vier, lembrando que as bem aplicadas, serão absolvidas com prazer.
No mais...deixa pra lá!